Sorriso. Este é que deviam ter escolhido
no dia de teu batismo para teu nome
é de sorriso que enche-se o mundo
ao toque profundo do teu sorrir comedido
Sorriso. É que eu perco na tua profundeza
vendo-te quieta num outro canto
em pranto a esconder as tuas lágrimas
carregadas da mais profunda tristeza
Sorriso. Eu queria poder te desenhar
num desenho na nuvem branca
só para franca poder vivê-la
tê-la feliz meninando-se no ar
Sorriso. Vem e não deixes mais
passar um só dia sem nela estar
Flores. Corrijai os pecados
pois é nela que vos perfumais
Luís Eduardo, 13-12-2013, 0h30.
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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
hoje
hoje
hoje
eu senti saudades tuas
eu revi aquelas tardes
de risadas puras nuas
sem tristeza ou alarde
mas até a alma sua
se fogo-amor invade
agora
sinto no meu peito, arde
como em carne crua
fico sem trejeito, acabe
o que de dois fez uma
este meu jeito, alarde
e que só tu bem sabes
a receber uma carícia tua
luisinho, 23h21 de 130-12-2013
hoje
eu senti saudades tuas
eu revi aquelas tardes
de risadas puras nuas
sem tristeza ou alarde
mas até a alma sua
se fogo-amor invade
agora
sinto no meu peito, arde
como em carne crua
fico sem trejeito, acabe
o que de dois fez uma
este meu jeito, alarde
e que só tu bem sabes
a receber uma carícia tua
luisinho, 23h21 de 130-12-2013
fosse
fosse você
fosses tu outra moça
eu te perguntaria
e se um desses dias
um beijo meu à força?
ah! te daria!
e tu ? reagirias?
ai! meus dias
oh! minhas noites!
longe de ti, linda
parecem mais açoites
a machucar ainda
este pobre padecer!
e eu? a perecer?
oh! não quero dores
quero amanhecer
quero flores, perfumes,
teus aromas, tuas cores,
quero sentir teu ser
depressa, me aprumes
e nós? nos unes?
ei! não nos soltemos
ao vento norte
reconheçamos como foi
forte
este nosso caso acaso
de sorte
pois se nem a morte
sequer nos assustou
vem! vejamos nós
juntos outra vez
a sós
para que ninguém
de novo, povo
diga
que nao é amor
este belo frio gostoso
na barriga
luís eduardo, 23h39 de 13-12-2013
fosses tu outra moça
eu te perguntaria
e se um desses dias
um beijo meu à força?
ah! te daria!
e tu ? reagirias?
ai! meus dias
oh! minhas noites!
longe de ti, linda
parecem mais açoites
a machucar ainda
este pobre padecer!
e eu? a perecer?
oh! não quero dores
quero amanhecer
quero flores, perfumes,
teus aromas, tuas cores,
quero sentir teu ser
depressa, me aprumes
e nós? nos unes?
ei! não nos soltemos
ao vento norte
reconheçamos como foi
forte
este nosso caso acaso
de sorte
pois se nem a morte
sequer nos assustou
vem! vejamos nós
juntos outra vez
a sós
para que ninguém
de novo, povo
diga
que nao é amor
este belo frio gostoso
na barriga
luís eduardo, 23h39 de 13-12-2013
Véspera de apartação
Véspera de apartação
Essas noites que antecedem separações, essas que não nos trazem sono, não nos deixam concentrar em qualquer atividade, deveriam ser banidas do imaginário humano, especialmente de certos humanos abobalhados como eu. Penso que ficaríamos menos bobos, mas apenas um pouco, se nos fosse retirada cavalheirescamente do limbo do imaginário inconsciente a ideia incontrolável de perda que carregamos, tantos nas perdas mesmo, quanto nas separações às vezes provisórias.
As noites citadas anteriormente parecem banhadas de uma neblina incansável de aroma melancólico, carregadora de uma cor de coisa perdida, como se o que nos pertence não nos pertencesse, embora permanecesse sob a nossa sensação de tutela e, ademais, distante de nosso controle.
Como essas noites, as sensações que as acompanham deixam um gosto amargo de solidão acompanhada, sabe? Aquela que você acredita ser fantasma, mas lhe causa o mesmo estrago da verdadeira. Dessas eu gosto menos, porque a danada é mentirosa, todavia nos remete um sentido de verdade, num paradoxo que não conseguimos desmascarar.
Gostaria que as pessoas não morressem. Ou, pelo menos, que suas partidas fossem menos trágicas. Que pudéssemos assistir suas subidas de alma como se acompanha um balão ao céu.
Gostaria, também, que os bons não nos deixassem, nem para serem mais que bons em outras terras, pelas suas próprias pernas, por suas próprias vidas. Por que razão o separar é um bem? Quem determinou que os que se acolhem mutuamente não o podem para sempre?
Quem inventou saudade? Por favor, pare de suas invenções. Elas não são bem vindas.
Devo estar sendo egoísta, percebo. Mas não admito-o. Nem o admitirei. Nem mais o citarei. Envolvo-me agora num manto de domínio que me faz pensar que as pessoas que nos fazem bem são inseparáveis. Não as permitirei ao longe. Seu lugar é aqui, ao lado, fortalecendo o laço que em nós se amarrou e apertou-se a cada sorriso, a cada raiva… a cada canto, com cada um dos encantos… Mas a força da correnteza do rio da vida é tão forte quanto insondável. Ele não se permite desviar. Ele não perdoa demoras. Ele não tolera o titubear.
Largo-me. Fraquejo.
Mas nem venha pedir-me que não chore. A lágrima já caiu.
Luís Eduardo , 13-12-2013, à 0h16
Essas noites que antecedem separações, essas que não nos trazem sono, não nos deixam concentrar em qualquer atividade, deveriam ser banidas do imaginário humano, especialmente de certos humanos abobalhados como eu. Penso que ficaríamos menos bobos, mas apenas um pouco, se nos fosse retirada cavalheirescamente do limbo do imaginário inconsciente a ideia incontrolável de perda que carregamos, tantos nas perdas mesmo, quanto nas separações às vezes provisórias.
As noites citadas anteriormente parecem banhadas de uma neblina incansável de aroma melancólico, carregadora de uma cor de coisa perdida, como se o que nos pertence não nos pertencesse, embora permanecesse sob a nossa sensação de tutela e, ademais, distante de nosso controle.
Como essas noites, as sensações que as acompanham deixam um gosto amargo de solidão acompanhada, sabe? Aquela que você acredita ser fantasma, mas lhe causa o mesmo estrago da verdadeira. Dessas eu gosto menos, porque a danada é mentirosa, todavia nos remete um sentido de verdade, num paradoxo que não conseguimos desmascarar.
Gostaria que as pessoas não morressem. Ou, pelo menos, que suas partidas fossem menos trágicas. Que pudéssemos assistir suas subidas de alma como se acompanha um balão ao céu.
Gostaria, também, que os bons não nos deixassem, nem para serem mais que bons em outras terras, pelas suas próprias pernas, por suas próprias vidas. Por que razão o separar é um bem? Quem determinou que os que se acolhem mutuamente não o podem para sempre?
Quem inventou saudade? Por favor, pare de suas invenções. Elas não são bem vindas.
Devo estar sendo egoísta, percebo. Mas não admito-o. Nem o admitirei. Nem mais o citarei. Envolvo-me agora num manto de domínio que me faz pensar que as pessoas que nos fazem bem são inseparáveis. Não as permitirei ao longe. Seu lugar é aqui, ao lado, fortalecendo o laço que em nós se amarrou e apertou-se a cada sorriso, a cada raiva… a cada canto, com cada um dos encantos… Mas a força da correnteza do rio da vida é tão forte quanto insondável. Ele não se permite desviar. Ele não perdoa demoras. Ele não tolera o titubear.
Largo-me. Fraquejo.
Mas nem venha pedir-me que não chore. A lágrima já caiu.
Luís Eduardo , 13-12-2013, à 0h16
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
"Meretrimento"
Vivemos no desenvolvimento
alguém
sem merecimento
outrem
sem avivamento
Vivemos no aculturamento
alguns
sem visão
outros
sem concepção
Vivem no acomodamento
alguém
com preguiça
outro
que nem se atiça
Vivem, vivemos
será?
Até quando assim
pereceremos?
Até quando assim
desexistiremos?
Desexistência incompetente
Incompetência desexistente
Infinitamente curtos
Jovens, com cabeças velhas
Curtindo adoidado?
Curtidas , bombadas
Coitado!
prisioneiros do nada, vida desavivada
personagem desavisada da própria história
persona sem glória, penúria glorificada
idólatra do vazio, mente esvaziada
vidas marcadas por marcas compradas
fanzines fedorentos, magazines do aluxuriamento
luxúria sem teto, riqueza sem veto
pobreza infinita, vida maldita
e a alma ainda grita
QUERO VIVER
alguém
sem merecimento
outrem
sem avivamento
Vivemos no aculturamento
alguns
sem visão
outros
sem concepção
Vivem no acomodamento
alguém
com preguiça
outro
que nem se atiça
Vivem, vivemos
será?
Até quando assim
pereceremos?
Até quando assim
desexistiremos?
Desexistência incompetente
Incompetência desexistente
Infinitamente curtos
Jovens, com cabeças velhas
Curtindo adoidado?
Curtidas , bombadas
Coitado!
prisioneiros do nada, vida desavivada
personagem desavisada da própria história
persona sem glória, penúria glorificada
idólatra do vazio, mente esvaziada
vidas marcadas por marcas compradas
fanzines fedorentos, magazines do aluxuriamento
luxúria sem teto, riqueza sem veto
pobreza infinita, vida maldita
e a alma ainda grita
QUERO VIVER
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Seres somos
Seres humanos
Tu és?
Tantos planos
projetos, vagamos
Nossas conversas
Dúvidas humanas
Tantas perguntas
pouquíssimas respostas
Mas somos nós
Tentamos desatar o nó
da nossa cabeça
porque somos cabeças
que pensam, que refletem,
avaliam, investem
Isso é, de verdade, ser
Isso é o que sou
o que somos, fomos, seremos
Felizes, não atores
nem atrizes
Mas verdadeiros diretores
do grande teatro
da nossa própria vida
Luís Eduardo - 04-12-2013
Tu és?
Tantos planos
projetos, vagamos
Nossas conversas
Dúvidas humanas
Tantas perguntas
pouquíssimas respostas
Mas somos nós
Tentamos desatar o nó
da nossa cabeça
porque somos cabeças
que pensam, que refletem,
avaliam, investem
Isso é, de verdade, ser
Isso é o que sou
o que somos, fomos, seremos
Felizes, não atores
nem atrizes
Mas verdadeiros diretores
do grande teatro
da nossa própria vida
Luís Eduardo - 04-12-2013
Que hacer?
O que fazer,
se os fatos nos deixam impotentes?
O que dizer
para alguém assim,
que se fez tão importante?
Nada a fazer
a não ser abraçar
Nada a dizer
porque palavras suficientes,
significantes não há
que possam dizer um A
do alfabeto sentimental
que construído foi
a partir do primeiro oi
daquele encontro inaugural
Nada, nada a temer
pois desta constelação
sempre seremos
uns babás, outros bebês,
mas todos no coração
marcados de serenos
Da galáxia que construímos
sempre serenos, seremos
sóis, luas, estrelas, lunáticos, aluados
porém, para sempre, lado a lado
Prof. Luís Eduardo - 04-12-2013, na EREM Corsina.
se os fatos nos deixam impotentes?
O que dizer
para alguém assim,
que se fez tão importante?
Nada a fazer
a não ser abraçar
Nada a dizer
porque palavras suficientes,
significantes não há
que possam dizer um A
do alfabeto sentimental
que construído foi
a partir do primeiro oi
daquele encontro inaugural
Nada, nada a temer
pois desta constelação
sempre seremos
uns babás, outros bebês,
mas todos no coração
marcados de serenos
Da galáxia que construímos
sempre serenos, seremos
sóis, luas, estrelas, lunáticos, aluados
porém, para sempre, lado a lado
Prof. Luís Eduardo - 04-12-2013, na EREM Corsina.
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