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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

bilhete ao infinito

queria escrever ao infinito
dizer o que um dia teria dito

e ele vacilante me escutaria
e seu peito de emoção tremeria

infinitar o que medroso não fiz
xeretar com meu intruso nariz

onde nunca cheguei
nem tampouco tentei

onde era eu objeto dos outros
requerença de meu interior
refazendo meu íntimo maior

Oh, infinito que um dia busquei!
Oh, lamentos que eu lastimei!

essa vida que amarga deixei
mostra outra face que agora pensei

esse nosso penoso caminho
abre suas portas a quem sozinho

busca-se firme no tremer  do dia
firma-se nobre no tecer calmaria



Prof. Luís Eduardo,
29-12-2015

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