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sábado, 23 de abril de 2016

vivo...

Vivo…
Porque ainda me resta uma lágrima.
Porque na gota ainda respinga meu ser.
Porque chorar sou eu pálido.
Mas vivo.
Pois o choro não me enfraquece. Ele, sobretudo,
me exalta e me enobrece.
E lembro o quanto sou gente,
de carne e osso simplesmente.
Eu me fortaleço quando sou fraco
porque assim me salta na memória
o quanto sofri, o quanto sorri, o quanto me fiz,
o tanto que fiz pros outros.
Rememoro o quanto senti, o quanto emocionei,
o tanto de vezes que fui eu.

E esta vida me deve muito. E cobrarei.
Porque minha vida não foi pobre.
Porque minha luta foi brava.
Porque fui além do que podia ser.
Fiz o que não parecia poder.
Pude o quanto aguentei.
Suportei enquanto meu corpo era meu.

E meu corpo foi templo de uma alma singular.
Que neste mundo sua nobreza deixará.
Na memória daqueles que me viram.
E me admiraram.
E hoje me aplaudem.


Porque aprendi que tudo que faço é caminhar,
partirei, um dia, como quem caminha…
E viverei um novo começo.

Prof. Luís Eduardo

abril/2016

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