Pesquisar este blog

sábado, 5 de novembro de 2016

Nordestino nordestinano

Pelas beira das istrada
Onde o cancão a piar
Beira a linda natureza
Cus canaro a cantar
Aqui tudo é beleza
Qui noto canto num há
Aqui a nossa Giografia
É singular formosura
A noite imbeleza o dia
Istrela guia a noite iscura
O céu é só fantasia
Compretano as belezura
Eu nasci nesse rincão
Vivi minhas brincadeira
Até gravei no coração
Toda istrada e ladeira
E num quero hoje não
Ser essa a derradeira
Quando se vê no pasto
O bode sofreno calado
É que nosso ôro tá gasto
Tá sem capim o cercado
Tamo infrentano a seca
Já cus açude turricado
Mas não seca a esperança
Do Nordestino no peito
Pois quem espera alcança
As bença do Pai Perfeito
Viveremo vida mansa
Gozano de nossos direito
Seu dotô o Nordestino
Só qué vivê du qué seu
Qué dá di cumê ur minino
Cu leite ca vaca deu
I dá pra véia um mimo
Cumprino u qui prometeu
Pois qué acabá ca gente?
Faça virá um pidão
I veja daqui pra frente
A morte de grão em grão
Pruque pro homi decente
Dependê é humilhação
Purisso peço sua licença
Pra pidi compreensão
Padim Ciço é nossa crença
Vaquejada é a tradição
Milho verde é esperança
De vivê das nossa mão
De tardezinha uma pinga
Vai lavá a alma cansada
Vorta pra casa otro homi
I si junta à fiarada
I antes cu só si aprume
Já tá pronto pra jornada
Resolvi iscrevê nessa hora
O qui dá nu meu coração
Antes qui me lev'imbora
Deus, a Divina Decisão
Si for valei-me, Nossa Sinhora,
A Virge da Conceição!

Prof. Luís Eduardo
Outubro/2016
NORDESTINO NORDESTINANO

Nenhum comentário:

Postar um comentário