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terça-feira, 25 de agosto de 2020
Angústia fatal
O negro que há no mundo
Não flerta comigo
As trevas que há nos homens
Não ferem meu umbigo
Mas hei de ser luz
Mesmo se a noite conduz
Ao mais tenebroso abrigo
O mal que há no
mundo
Não faz morada em mim
A esperteza que há nos homens
Não apaga luz de querubins
Mas hei de ser forte
Ainda que a irmã morte
Anuncie num abraço meu fim
Prof. Luís
P. S. : angustiado com os malvados no mundo.
Humilde exaltado
Ainda que a légua tirana
Pareça pesada e infinita,
Aperta teu passo e inflama
A tua coragem bendita
Ainda que o passo pesado
Faça de tua perna um peso,
Segura um discurso coeso
E exalta teu peito humilhado
Pois,
na passada firme do gado,
em cada peito inflamado,
cada corajoso abençoado,
e perna e braço cansado,
todo malvado será castigado
e todo humilde será exaltado.
Prof. Luis
P. S. : confiando nas Escrituras.
Um dia
Um dia
O sol vai se por diferente
E eu quero, sentado
Olhando, de frente,
Aquele por-de-sol demorado
Um dia
O bem irradiará a gente
De um jeito novo
Um modo irreverente
Vivecendo outro povo
Daquele de antigamente
Um dia,
Ah! Um dia...
O mundo há de ser outro mundo
Cada coração baterá forte,
Mais intenso e profundo
E teremos a sorte de viver nova sorte
Um dia
Haverá de dia luazinha
E sol de noite
Estrela novinha
E cometa de açoite
Então, veremos o tempo
Que perdemos perdendo tempo
Com medo de perder tempo
Pra o que realmente merecia
Nosso pensar, nosso contentamento
Prof. Luís
Poucas pessoas me ensinaram
E até mostraram
O valor de um guerreiro!
Pessoas até tentaram,
Outras simularam
Sem conseguir ser verdadeiro.
Poucas pessoas viveram,
Raríssimas pessoas morreram
Brilhando como luzeiro.
Quantas pessoas aguentaram,
Até a dor simularam
No leito de doença derradeiro?
Quantos filhos se orgulharam,
De seu herói levaram
A lição de companheiro?
Quantos pais descansaram,
Na terra deixaram
Bom trabalho de obreiro?
Nenhum filho é mais orgulhoso,
Nenhum pai é mais honroso
Do que nós dois, Luiz vaqueiro.