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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

O mundo não me entende

A cama que eu deito
deita em mim
e me abraça e me prende

A cama que eu quero
quer-me assim
e me afaga e me rende

A cama em que sofro
é cama carmim
me mata e surpreende

A cama sou eu
quando vejo
que o mundo não me entende...

e eu deito e rolo e ínsono
deliro acordado como quem pragueja
vejo-me num mundo sem mim
e desejo que agora ele seja
um mundo de graça infinita enfim

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