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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Pai viajante

Pai viajante

Sou aquele que não escolhe as estradas
Vou aonde minha vida me leva
Vou ao vento buscando fugir à treva
Iluminado pela emoções em casa deixadas

Dou de mim aos meus chegados
Como quem suga sangue em cada veia
Esforço recompensado na futura teia
Dos meus filhos futuramente doutorados

Não quero, nunca quis ser afobado
Ânsia vã de quem pensa ser alteado
Lado a lado é que se fia nesta lida
No tecido emaranhado de longas vidas

Amargoar

Amargoar

Magoei, não entendi
O tempo passou? Nem vi
Nas curvas desta estrada
Ruas, avenidas esburacadas
da vida

Faltou coragem para despedida

Quis deixar-te,
fazer-te mais feliz,
mas meu coração não quis
separar-nos

Minha cabeça tonta,
minha garganta que agita,
Minha bagagem pronta

Mas o meu universo é o teu corpo,

Minhas galáxias, teu colo

Teu sorriso, meu solo

Eu sem ti, sou torto





Prof. Luís Eduardo
Maio/2014

Amparo

AMPARO


Podia ser mais amigo
Podia estar contigo
Ser melhor que tenho sido

Poder olhar os olhos teus
Lembrar que nunca esqueceu
Amigo distante, não rompido

Devia pedir pra lua
Devia pegar a mão tua
Devia saber o que dizer

Queria estar ao teu lado
Queria não ter te magoado
Sobre essa dor ter poder

Mas o que eu podia não fiz
O que eu seria nem quis
Olhei e não vi teus avisos
Perdi teus melhores risos

Perdi tempo luares olhando
O tempo foi nos desviando
Nem vi as mágoas chegadas
Não te amparei, desamparada

Pedir desculpas não apaga
O que sofres sozinha mágoa
Mas distante estou chegado
Firme, forte ao teu lado

Porque amparo também é distante
Daqueles que apoiam a ir adiante

Isto prova que nada será como antes
Pensarei em ti a cada novo instante
Serei como sombra em tua bela vida
Lembrando ao longe como és querida
Porque amigo-amparo é todo vibrante
Mesmo quando foi preciso a despedida

Prof. Luís Eduardo, 23-05-2014

Eita, povo da gota!

EITA, POVO DA GOTA!

Eita, povo mal-educado!
Que vive só de ilusão
Só internet e televisão
Apesar de tudo lecionado
O professor quase afogado
O menino diz: Aprendi não!

Mas nao quero ser triste
De tudo o que se faz
E desanimar o trabalhador
Porque é bom o que existe
E não estamos pra trás
Realizando coisas como for

E todo dia chegando
Vindo bem como quer
Professora cabra-macho
Todo dia bem ensinando
A refletir a vida como é
A redizer o que eu acho

Foi bom demais os encontros
Analisando cada matéria
Finalizando com sabedoria
Fundamentando cada ponto
Jogando sangue nas artérias
Melhorando o dia-a-dia

Eita, professora boa na messe!
Nem parece ser da cidade
Parece até gente campestre
Fala bem, nunca entontece
Mostra em tudo felicidade
Não é mulher: é cabra da peste!

Prof. Luís Eduardo
Maio/2014

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Mãe que é mãe...


Mãe que é mãe...

Mãe que é gênese da vida, desde a mais tenra partida, de todos é o tudo e o nada, é a força da vida renovada. Uma mãe para o filho é o sol protetor, quem enfrenta todo dano, qualquer dor.

Quando longe, um desejo avassalador, de encontrar, de abraçar... é pintar o o mundo em toda cor. Revê-la reaviva as rosas, recolore o mundo, num desejo mais que profundo que cada um tivesse a sua.

Para quem a perdeu eu aponto a lua, com brilho e silêncio encantador, as estrelas como filhos, espalhados no esplendor, as nuvens por testemunha. Pois mãe, como a lua, é só uma: na ada ilumina mais ou deixa mais seguro.

Como um muro, cerca a vida, rodeia o lar sua segurança. E se tudo parece acabar vem ela derramando esperança.
Porque mãe que é mãe nunca cansa.

Prof. Luís Eduardo - 07 maio 2014, para as Mães do Corsina Braga.

MÃO DE MÃE

Mão de mãe

A mão carinho
Na barriga
À espera da vida
Que chega

A mão serena
Nos braços
A vida pequena
Em compasso

A mão protetora
Com jeito
A leite o menino
No peito

Ah! Mão bondosa
Veia mimosa
Em meus cachos

Mãe! Onde me acho
É meu recomeço
A vida não encerra
Ela é eterna.

Prof. Luís Eduardo

SONHO DE SER

Sonho de ser 



Eu queria te falar
do que eu poderia ser
porque o que sou
dá para perceber
só de olhar

Olhou, me viu
e nem se encantou,
mas o que tu nem sentiu
é o que meu coração
criou com tanto amor

Isso se maravilhou,
os encantos desse companheiro
vindo do profundo interior,
que vem de dentro, por inteiro...
É o que ninguém provou

Assim, a vida tem mais sabor.
A gente vive com as coisas do peito,
emoção que dá maior valor,
que te pega de jeito...
É vida que a própria vida sonhou!

Louco gosto

Louco gosto

Gosto
E não consigo desgostar
Posso
E deixar não quero
Inteiro
me dou por todo
Tolo
Espero um pouco
Rouco
Grito ao mundo surdo
Irrito
Até meu corpo clama
Em chamas
Sinto esse poder
Reclama
Cada célula do viver
Nada
O que restou de nós
Sós
Essência virou pó

Prof. Luís Eduardo

Foi


Foi

Tão bom entre nós esse fogo
Um jogo de amor gostoso
Fogoso trem na doce vida
Dividida em cada instante

Doravante será via melhor
Um maior e bom sentimento
Momento de luz um sorriso
Improviso dá melhor beijo

Desejo misturado a carinho
Caminho a outro se cruzara
Rara ligação de duas vias
Um dia que parece eternidade

Cumplicidade misturada a parceria

Prof. Luís Eduardo

Doutor!

Doutor!

Fila
De clínica
Espera
Com cautela
Calada
Pela chamada
Doente
De repente
Aviso
De improviso
Ouçam bem:
Não vem!

Prof. Luís Eduardo

Vida esperando a primavera


Vida esperando a primavera

Tomados muitos copos 
 Nossos corpos se tomam

Reviradas tantas coisas 
Nossas coxas se reviram

Encerradas tantas conversas 
Nossos complexos se encerram

Abocanhados tantos desejos 
Nossos gracejos se abocanham

Acarinhadas tantas vezes as orelhas 
Nossos olhares se acariciam

Vem agora o grande beijo
Embora, eu veja teu olhar
 Como nunca vira antes
 Nesse instante magia

Tua mão me acaricia
Faria eu todo esforço
Que o poço nunca secasse 

Ficasse eu moço eterno

Nunca chegasse inverno 
Nesta face, neste caminho, 
Nosso sono, nosso ninho. 

Nossa vida virada outono 
Passado verão de quem erra, 
Destino não mais dono, 
Vidas esperando a primavera
Prof Luís Eduardo

CACHOEIRAS


Cachoeiras 

Todo caminho dá na venda-vida 
Toda estrada é tão comprida
Toda tarefa parece que faz da lida 

Tudo bem, toda ação benzida

Acaricio meu pensar
Nas cachoeiras quase mar

 De boa gente a reavivar 
As cores apagadas do lar

Meio-fio, meia-boca, à meia-noite a badalar 
Meio-corpo, meio copo, meio açoite
Meias ruas, meio no beco, mais afoito 

Tudo é vida neste quadro a nos pintar

Cheguei às Boas Vistas avenidas 
Antes tidas como tortas ruas
Elas nuas lá na Vagem, na Funil

 Carnes cruas, na Barragem, assobio

Parto as Pedras de Adolfo, rito Hitler
 Faça a História sua regra, ritmo hífen 
Parto às carnes do Açougue, do Mercado 
Parto à Ponte Velha rumo ao cercado

Vida velha, partida passada 
Agora sei nunca devia ter viajado, 
Tomado aquela Sopa lotada 
Ladeada pela Igreja de Antonio

Ter cruzado Una rumo ao sono 
da saudade Cachoeirinha deixada 
Lágrima jorra cachoeirada

Prof. Luís Eduardo, Maio-2014.

Prosa poética política



EXÉRCITO DA DEMOCRACIA DE UM HOMEM SÓ 


Ia ficar calado, mas nem consigo, pois o que provoca o inimigo não se mede. Ele, de tanto exagero, quase pede que eu faça uma resposta, dessas que a gente mais gosta, do outro arrancar cabelo.
Pois arranque. Mas não peça que eu tranque, aqui, no meu peito, todo o desrespeito com que fomos tratados. Estou falando dos desgovernos, os que transformam em infernos o trabalho e o serviço público. E este último é único. Ele é bem sabido, sabe enrolar até bandido, com a lábia que ele tem. Mas não enrola ninguém, se eu puder evitar, botar pra raciocinar as boas cabeças pensantes, aproveitando cada instante que puder informar. Começo lembrando a cara deslavada que ele vem, brigou com gente pra mais de cem, e depois, de cara lisa, disse que se enganava, pois as pisas que eles se davam era troca de carinho, entre dois amiguinhos, que muito se gostavam. Ele tem essa mania: aproveita de amigo e inimigo, este abanadinha, aquele xingamento, para poder subir na vida, e depois, feito rapariga, diz que foi coisa de momento. Perdoem-me a meretrizes, é apenas o ditado, pois bem sei do seu viver coitado, com mais altivez e caráter. Ao contrário de vocês, assumidas e fortes, gosta de holofote e muita demagogia. Nosso lugar não aguenta mais, chega de faz-de-conta e de contar pouco que faz, precisamos de melhorias. Não essas porcarias, conversa de enrolar bêbado, maquiagem nas nossas vias, improviso em tudo que é sossego. Desassossego sofre o homem do agreste, mesmo sendo cabra da peste, sem cooperação na seca sofrida. Merecia mais atenção nessa vida, não propaganda enganosa, uma comprida prosa, dizendo baixar o preço da ração, enviar carros-pipa, porque se o Exército não se agita, ia faltar guarita para quem está morrendo de sede. Se for falar de hospital, a coisa fica no meio, pois é muito feio inaugurar pela metade. Raios-X e exames simples faltam na verdade. Atitudes covardes de dizer que está entregando ao povo já cansado um serviço completo. O herói trabalhou por seu mérito, pois até colete estava vencido, facilitando ao bandido, sair ganhando essa guerra. Quem é esclarecido não erra: precisamos abrir o olhar. É preciso alardear o estado de nossas escolas, sufocadas por metas e esmolas, por programas que só enfeitam. As professorinhas não deitam sem pensar no amanhã, porque é bem possível que a rã vire um sapo gigante, tornando-se gente importante, mandando em mais de um lugar. O bicho gosta de judiar, manipulando o servente que queria lhe orgulhar. Esse cabra não presta. Preste atenção que sua réstia é encarnada, carmim. Ele quer sugar até de mim o pouco de suor que eu lanço. Espero o povo, não canso, a verdade é minha guia. Se você até aqui me lia faça- me um grande favor: LANCE PARA QUEM LHE ADICIONOU UM DESAFIO - NÃO DEIXE SECAR O RIO DE ESPERANÇA QUE NOS MOVE, MULTIPLIQUE MILHÕES FORA NOVE, RETWEET, CURTA, COMPARTILHE, NÃO DEIXE QUE NOS ILHE A FORÇA DA DEMAGOGIA, POIS MAIOR FORÇA EXISTE, PARA NINGUÉM FICAR TRISTE,

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O EXERCÍCIO DA DEMOCRACIA.
Prof. Luís Eduardo.