Pesquisar este blog

sexta-feira, 16 de maio de 2014

CACHOEIRAS


Cachoeiras 

Todo caminho dá na venda-vida 
Toda estrada é tão comprida
Toda tarefa parece que faz da lida 

Tudo bem, toda ação benzida

Acaricio meu pensar
Nas cachoeiras quase mar

 De boa gente a reavivar 
As cores apagadas do lar

Meio-fio, meia-boca, à meia-noite a badalar 
Meio-corpo, meio copo, meio açoite
Meias ruas, meio no beco, mais afoito 

Tudo é vida neste quadro a nos pintar

Cheguei às Boas Vistas avenidas 
Antes tidas como tortas ruas
Elas nuas lá na Vagem, na Funil

 Carnes cruas, na Barragem, assobio

Parto as Pedras de Adolfo, rito Hitler
 Faça a História sua regra, ritmo hífen 
Parto às carnes do Açougue, do Mercado 
Parto à Ponte Velha rumo ao cercado

Vida velha, partida passada 
Agora sei nunca devia ter viajado, 
Tomado aquela Sopa lotada 
Ladeada pela Igreja de Antonio

Ter cruzado Una rumo ao sono 
da saudade Cachoeirinha deixada 
Lágrima jorra cachoeirada

Prof. Luís Eduardo, Maio-2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário